Em consórcio com a Ligga Telecom, a operadora comprou lote de 3,5 GHz e levará nova rede para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Odiretor da operadora catarinense Unifique, Jair Francisco, falou em um evento nesta segunda-feira (4) sobre os planos do grupo para o setor móvel para este ano. Segundo ele, a empresa pretende realizar pilotos de rede móvel 5G no segundo semestre. O executivo participou do Inovatic Sul que vai até hoje (5).
Em parceria com a Ligga Telecom (antiga Copel Telecom), a Unifique arrematou a frequência de 3,5 GHz na região Sul no leilão 5G realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em novembro de 2021. No acordo entre as empresas, a Unifique vai levar a nova rede para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, enquanto a Ligga ficará com o Paraná.
Francisco afirma que a empresa está em processo de definição das características desejadas para a sua rede em 3,5 GHz. “Estamos em fase de avaliação do core [núcleo de rede], qualificando os fornecedores. Tem que decidir se vai ter 4G junto, se não vai ter, se vai ser core na nuvem, se não vai”, disse.
O objetivo da operadora é definir ainda neste semestre o fornecedor, para assim começar os pilotos na segunda metade do ano. Embora não tenha dito quantas cidades receberão o piloto, ele afirmou que será mais de uma.
O executivo ainda afirma que mesmo que a Anatel tenha estabelecido compromissos mínimos de cobertura, a Unifique quer ir muito além. Além disso, ele acredita que será possível antecipar a cobertura 5G em cidades menores.
“Temos o compromisso de cobrir 670 municípios de até 30 mil habitantes até 2030, mas evidentemente vamos buscar municípios grandes que fazem parte das obrigações das outras operadoras”, provocou.
O diretor da Unifique também explicou que era importante arrematar um espectro para poder entrar no segmento móvel. Mesmo as ações da empresa tendo tido uma desvalorização, já que exige muito capital, ele afirma que se trata de visão de longuissimo prazo.
“Estamos em uma estrada onde estão passando hoje 20 mil operações [número de ISPs no Brasil]. Talvez lá na frente, após muita consolidação, fiquem três, ou quatro ou até cinco operadoras. Então o 5G é uma forma de criar resiliência, de trazer receita e novos serviços aos nossos clientes”, falou.
Fonte: Minha Operadora