O Banco do Brasil, o Itaú e a Caixa se manifestaram contrários à proposta de aditamento do plano de recuperação judicial da Oi, apresentado à Justiça no mês passado.
Conforme o site Monitor de Mercado, que teve acesso às alegações das instituições financeiras, o aditamento é visto pelo Itaú como um novo plano, e não como alteração pontual de alguns termos do PRJ em vigor. O banco critica a proposta por prever abatimento de até 60% da dívida da tele junto a alguns credores. Ao todos, os três bancos têm R$ 7,83 bilhões a receber da tele.
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A Caixa Econômica Federal defendeu, segundo o Monitor de Mercado, que o aditamento modifica “completamente as premissas básicas do modelo de negócio” da Oi. E que penaliza demais alguns dos credores, entre os quais, o banco.
Já o Banco do Brasil teria afirmado nos autos do processo que a Oi não apresentou evidências de alteração “brusca” do fluxo financeiro que justifiquem mudar o plano. Vale dizer, no entanto, que a companhia apresentou aumento do prejuízo no primeiro trimestre em função do endividamento em moeda estrangeira.
O MP-RJ também se manifestou no processo, pedindo que a Oi apresente nova lista de credores e dê tempo para que todos se manifestem a respeito do aditamento, antes que a proposta vá para votação em assembleia. A fim de acelerar as negociações, o escritório Arnaldo Wald, administrador judicial da Oi, propôs à 7ª Vara
Procurada, a Oi disse que não comentará o assunto. As manifestações da empresa se restringem ao processo. Nele, a empresa defende o aditamento, afirma que os bancos já aprovaram o plano de recuperação e que está em seu direito apresentar uma proposta de modificação. E afirma ainda que o objetivo dos bancos é renegociar não o aditamento, para o plano de recuperação em si, que aprovaram no passado.
Fonte: Telesíntese