Em audiência pública, operadoras e empresas de infraestrutura cobraram menos rigidez legislativa na instalação de antenas nos municípios.
Nesta quarta-feira (17), representantes do governo e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se reuniram em uma audiência pública na Câmara dos Deputados. Na audiência, o superintendente de Planejamento e Regulamentação da agência, Nilo Pasquali, afirmou que todos os municípios do Brasil terão internet móvel 5G até 2029.
“Todas as sedes municipais do Brasil terão 5G. Isso será escalonado até 2029. Em 1.174 municípios com mais de 30 mil habitantes teremos pelo menos três prestadoras. E nos 4.396 municípios com menos de 30 mil habitantes teremos pelo menos uma operadora. Além disso, teremos 1,7 mil localidades com 5G”.
A secretária de Telecomunicações substituta do Ministério das Comunicações, Nathalia Lobo, afirmou que o leilão do 5G garantirá a expansão do 4G para regiões onde ainda há a tecnologia, como estradas e localidade rurais, sendo assim o padrão mínimo de internet móvel usada no Brasil. A implementação da quarta geração de internet é obrigação presente em lotes arrematados no leilão.
Ainda durante a audiência pública, houve questionamentos sobre a instalação de antenas aptas para o sinal do 5G. Representantes das operadoras e das empresas de infraestrutura de telecomunicações fizeram cobranças aos municípios, solicitando legislação mais amigável para a instalação das antenas.
José Bicalho, diretor de Regulação e Autorregulação da Conexis Brasil Digital, representante das grandes operadoras de telefonia, afirmou que
“Tudo isso que a gente mencionou, de cobertura e atendimento de compromissos, depende basicamente de antenas. Ou seja, você tem hoje uma quantidade de antenas para atender todo o 3G e o 4G e será necessário de cinco a dez vezes mais antenas [para o 5G]. E para instalação dessas antenas é necessária uma agilidade muito grande dos municípios para que licenciem essas estações novas que vão existir no 5G”.
O diretor de Relações Institucionais da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), Sergio Sgobbi, alertou que é preciso “[…] urgentemente ter um trabalho feito pelos municípios para ter legislações amigáveis ao recebimento dessas infraestruturas”.
Fonte: Minha Operadora