A Telefônica parece interessada em convencer a Anatel em relação ao modo como as operadoras têm acesso a novos equipamentos de rede. Isso porque a empresa está propondo que a regulamentadora autorize a importação desses aparelhos de maneira direta, onde cada uma faz o processo por conta própria.
Isso alteraria completamente a forma como o processo é feito atualmente, já que as operadoras normalmente compram de fabricantes ou representantes legais que realizam todo processo burocrático, fazendo com que a participação da Anatel seja mais ativa e necessária.
Segundo a Telefônica, o propósito do aval não é tornar a prática recorrente, somente quando for necessário agilizar o processo. Entre as empresas interessadas nesse meio de trabalho, estão o Google e Abinee, que desejam fazer a importação de protótipos para o Brasil sem precisarem depender da homologação para que as pesquisas necessárias sejam realizadas por aqui.
“Esta prestadora reconhece que os fabricantes com quem mantém relações comerciais são parte fundamental no processo de importação de forma que não pretende, com esta contribuição, alterar qualquer fluxo comercial de importação existente e que esteja trazendo resultados satisfatórios. A proposta da Telefônica visa apenas permitir que em situações específicas, e de acordo com a conveniência, as prestadoras também possam realizar a importação direta caso julguem que tal procedimento resultará em maior agilidade e ganho de eficiência na prestação dos serviços de telecomunicações”, diz a companhia.
De acordo com a opinião do Google, essa flexibilização vai ajudar a facilitar o processo experimental, que é realizado em pré-comercialização, já que os testes serão realizados com maior antecedência e, consequentemente, a implementação vai ser mais eficaz no país.
Já a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que está trabalhando com o propósito de representar empresas como a Cisco, Ericsson, Huawei, Nokia e Samsung, tem uma opinião semelhante à do Google, onde os protótipos podem ajudar no processo de testes nas redes, seja para clientes corporativos ou outros.
Apesar da nítida opinião das empresas, a Anatel ainda não se pronunciou oficialmente em relação a esse desejo das comercializadoras de equipamentos de rede. Então, agora basta esperar para saber como vai ser o processo de aprovação dos equipamentos de rede no futuro.
Fonte: Tudo Celular