Chegamos à reta final do ano com discussões que são essenciais para construirmos uma sociedade melhor. 2020 foi marcado por muitos debates envolvendo racismo, desigualdades sociais e mesmo o acesso do negro ao mercado de trabalho.
No Brasil, o caso mais famoso foi o programa de trainees da Magazine Luizaexclusivo para negros que dividiu as redes sociais entre os que defendem a seleção a fim de diminuir a desigualdade e aqueles que dizem existir um “racismo reverso”. A empresa, na ocasião afirmou que 53% dos funcionários são negros, mas somente 16% quando observado os cargos de liderança.
Mais recentemente, a morte brutal do João Alberto Freitas no supermercado Carrefour também chamou a atenção pelos dados internos da varejista que se repetem: 57% dos funcionários são negros ou negras. Quando o olhar recai sobre os cargos de gestão, o número cai para um terço dos líderes.
Neste ano em que o desemprego aumentou consideravelmente, eles também sofreram mais. Nos primeiros meses da pandemia, enquanto a taxa de desemprego geral estava em 13,3%, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE, para os pretos a taxa era de 17,8%, para os pardos, de 15,4% e para os brancos, de 10,4%.
Como corrigir essas distorções? Em buscas de respostas, converso hoje com dois especialistas no assunto: Tom Mendes, gerente geral do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), e Raphael Vicente, coordenador da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e coordenador geral da Universidade Zumbi dos Palmares.
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Fonte: UOL