Depois de vários adiamentos, a Oi divulgou o balanço do 1T22. Apresentou lucro, queda na receita e no Ebtida. Com investimentos de R$ 2 bilhões por trimestre ao longo de 2021, agora eles caíram para R$ 345 milhões. As razões, informa a operadora, se devem ao fato de que cabe agora à V.Tal construir a rede de fibra óptica.
Depois de vários adiamentos, a Oi divulgou na noite de ontem,28, o resultado do 1t22, com lucro de R$ 1,78 bilhão no período, uma boa notícia frente aos prejuízos sucessivos da empresa. No primeiro trimestre de 2021, a operadora havia apurado prejuízo líquido de R$ 3 bilhões e no quarto trimestre do ano passado, prejuízo de R$ 1,66 bilhão.
A receita líquida do trimestre apresentou uma ligeira queda, de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado e de 3,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Somou um total de R$ 4,4 bilhões.
Capex
Os investimentos da operadora tiveram, porém, corte acentuado ante ao lucro do período. Depois de passar quase todo o ano de 2021 investindo quase R$ 2 bilhões por trimestre, neste primeiro período de 22 os investimentos alcançaram apenas R$ 345 milhões. Esse enxugamento no Capex, explica a empresa, deve-se ao fato de que deixou de ser responsável pelos investimentos na rede de fibra óptica, passando essa responsabilidade para a V.tal, empresa onde é sócia minoritária.
” Durante o período, a continuidade dos investimentos no desenvolvimento desta infraestrutura foi garantida pela AFAC
(Antecipação para Futuro Aumento de Capital) realizada pelo novo controlador na V.tal”, afirmou a companhia em seu comunicado.
Desse montante, R$ 18 milhões foram direcionados para as operações internacionais; R$ 115 milhões para a empresa que atende o usuário pessoa física (ainda batizada de ClienteCo); R$ 105 milhões para a Oi Soluções (que atende ao mercado B2B) e R$ 107 milhões para o que a empresa intitula “legado”, que deve ser a rede da concessão de telefonia fixa.
Ebitda
O EBITDA (fluxo de caixa) consolidado de rotina totalizou R$ 1,2 bilhão no trimestre, apresentando redução de 22,3% em relação ao 4T21 e melhora de 9,9% na comparação com o 1T21. A margem EBITDA de rotina das operações brasileiras foi de 27,8% uma redução trimestral de 5,1 p.p. e melhora anual de 2,2 p.p.