A operadora de telecomunicações Oi entrou com seu segundo pedido de recuperação judicial, um caso inédito entre grandes empresas brasileiras. A companhia declarou dívidas de R$ 43,7 bilhões, menos de três meses após o encerramento da primeira recuperação judicial.
Caso o pedido seja aceito, a empresa pode deixar de pagar seus credores por algum tempo, mas precisa apresentar um plano para acertar as contas e continuar operando. A companhia afirma que a recuperação judicial é necessária para sua reestruturação financeira e busca de sustentabilidade de longo prazo.
A Oi informa que vai continuar realizando suas atividades normalmente, incluindo a busca por novos clientes, manutenção de suas redes e serviços, atendimento aos usuários e melhoria na eficiência operacional. O objetivo é evitar qualquer prejuízo ou interrupção nos seus serviços. Se o pedido não for atendido pela Justiça, a empresa pode decretar falência.
Como foi a primeira recuperação judicial da Oi
A primeira recuperação judicial da Oi foi realizada em 2016, após a empresa acumular uma dívida de R$ 65 bilhões devido a um processo mal-sucedido de expansão e aquisições. Durante a reestruturação, a empresa reduziu sua dívida para R$ 14 bilhões e reorganizou todo seu negócio.
O processo terminou no final de 2022 e levou a empresa a vender as suas operações de telefonia móvel para a TIM, Claro e Vivo. No entanto, a Oi manteve os seus serviços de internet banda larga por fibra ótica.
A recuperação judicial permitiu que a Oi se mantivesse funcionando durante o processo de reestruturação, evitando assim a falência. No entanto, a empresa ainda enfrenta uma forte concorrência no mercado de serviços de internet e dados móveis.
Fonte: TecMundo