A migração dos clientes da Oi Móvel será feita em fases, com base no DDD do assinante e no tipo de plano. Segundo o CEO da operadora, Alberto Grizelli, estratégia prevê migrar assinantes mais rentáveis primeiro.
A TIM já traçou o plano de migração de clientes Oi Móvel para sua base. O processo deve levar 12 meses, a partir da conclusão compra, prevista para acontecer até maio.
A fatia da Oi Móvel comprada pela TIM prevê a transferência de 14,5 milhões de clientes para a companhia.
A migração ao longo do período de 12 meses se dará pouco a pouco, de acordo com o DDD do número utilizado pelo assinante e o plano de telefonia contratado. A intenção na operadora é trazer o quanto antes os usuários mais rentáveis.
Como explicou o novo CEO da TIM, Alberto Griselli, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 24: “A migração dos clientes Oi Móvel para a TIM vai acontecer em janelas. Analisamos a distribuição por plano. Identificamos quais os melhores planos, e plano a plano faremos essa migração. A estratégia é capturar a maior parcela do valor mais rapidamente”.
Segundo o executivo, o plano do cliente vindo da Oi Móvel será “igual ou melhor” ao que tinha na operadora original. Ou seja, deverá preservar atributos como franquias de dados, voz, SMS e preço. Os números serão preservados. Vale lembrar que o cliente terá a opção de fazer a portabilidade para Claro ou Vivo, portanto será do interesse das empresas oferecer benefícios para garantir que o novo cliente permaneça em suas bases.
POR DDD
O CTIO da operadora, Leonardo Capdeville, acrescenta que dentro da estratégia de transferências do clientes há ainda o faseamento com base em DDD. Exatamente quais DDDs serão migrados e em quais dadas, ainda não revelou. Os clientes vão ser informados, haverá campanha de divulgação e distribuição de mensagens com o detalhamento para o assinante impactado.
No caso, a TIM receberá assinantes Oi Móvel dos DDDs 11, 16, 19, 21, 22, 24, 32, 51, 53, 54, 55, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 73, 75, 89, 93, 94, 95, 96, 97, 99.
INTEGRAÇÃO TÉCNICA E INTEGRAÇÃO TOTAL
Em termos operacionais, a TIM divide a transferência em duas grandes etapas. A primeira, chamada etapa técnica, prevê uma integração das redes 30 dias após o fechamento da compra. A partir daí, o cliente Oi vai utilizar também as frequências que pertencem à TIM, e os clientes TIM vão usar também as frequências da Oi.
Neste caso, explicaram os executivos, todos os clientes vão perceber melhora na qualidade e velocidade das conexões. Os da Oi vão perceber maior cobertura, em função do uso da faixa de 700 MHz, que a Oi não tem. Já o cliente TIM vai ser mais velocidade, uma vezes que vai acessar as faixa de frequência que pertenciam à Oi Móvel, além das que a TIM já utiliza. Obviamente, vai depender de da compatibilidade do smartphone com todas as faixas.
“Na fase técnica, o cliente Oi Móvel continua no sistema da Oi, mas acessando já a frequência combinada”, falou Griselli.
“O cliente Oi vai ter ganho de experiência. O cliente TIM também se beneficia com ganho de qualidade. A tarifação ainda será pelo sistema da Oi”, acrescentou Capdeville.
A segunda etapa é chamada de sistêmica e será feita ainda no segundo trimestre. Será de transferência dos dos dados dos clientes da Oi Móvel para os sistemas da TIM. Então, todas as cobranças e gestão de consumo e financeira acontecerão já na TIM.
Essa divisão por etapas, vale ressaltar, diz respeito à organização interna da TIM para herdar os 14,5 milhões de novos clientes. Para o consumidor, o que será percebido é a mudança de velocidade e cobertura da rede no primeiro momento e, no segundo momento, a fatura sendo enviada pela TIM em vez da Oi.
A integração das redes e migração de dados dos clientes serão concluídas bem antes dos 12 meses previstos para a transferência total dos clientes para a base de assinantes da TIM.
Ontem a Vivo informou que a migração dos 10,5 milhões de clientes que receberá da Oi Móvel levará também 12 meses. Mas não deu detalhes sobre esse processo.
Em dezembro de 2020, Claro, TIM e Vivo compraram por R$ 16,5 bilhões a unidade celular da Oi. O negócio foi autorizado em janeiro deste ano pela Anatel, e em fevereiro pelo Cade. Com isso, os 40 milhões de assinantes móveis da Oi serão transferidos paras operadoras rivais. Estas também receberão o espectro utilizado pela Oi Móvel e equipamentos.
Fonte: Telesíntese