A Iniciativa 5G, que reúne 320 ISPs até o momento, vai abrir concorrência para orçar a construção de sua rede móvel e iniciar campanha para atrair mais provedores de internet ao consórcio
A Iniciativa Brasil 5G, que reúne, até o momento, 320 provedores de internet de todo o país, está nos preparativos finais de seus proposta para competir no próximo leilão de espectro da Anatel. O grupo vai soltar na próxima semana uma RFP (request for proposal, pela sigla em inglês), a fim de colher orçamentos de fornecedores para seu projeto de rede 5G.
Conforme contou Rudinei Gerhart, diretor da Iniciativa 5G Brasil, ao Tele.Síntese, o aviso de abertura do recebimento de propostas será despachado para fornecedores de todo tipo e tamanho que, nos últimos meses manifestaram interesse em atender o grupo.
A ideia da RFP é, de posse de valores finais estimados para a arquitetura da rede 5G, traçar a melhor estratégia de participação no leilão de frequências. No momento, o grupo de provedores já tem contrato com cinco consultorias e escritório que avaliam diferentes aspectos da constituição do consórcio – desde o jurídico, até o técnico. A última consultoria contratada foi a Radtonics, que foi encarregada de estudar a adoção do Open RAN nessa grande rede móvel dos ISPs.
Representantes da área de engenharia da Iniciativa estiveram, inclusive, ontem e hoje em Londrina (PR), no piloto lançado pela Nokia de tecnologias de 3,5 GHz aplicadas ao campo. Se reuniram com o comando da fabricante e tiraram suas dúvidas sobre as exigências e especificidades da construção de uma rede de grande alcance, funcional, criada por um entrante no mercado nacional que utilize elementos Open RAN.
Em outra frente, a Iniciativa prepara uma campanha de comunicação para multiplicar o número de adesões, uma vez que até o momento os 320 integrantes entraram apenas a partir do “boca a boca”, explicou o executivo. A ideia é chegar a mil ISPs participantes na empreitada a tempo do leilão.
Gerhart conta até o momento, a Iniciativa estuda todas as frequências do leilão, embora as de 700 MHz e 3,5 GHz sejam fundamentais para o projeto de rede móvel nacional. O modelo proposto pela Iniciativa consiste na formação de uma empresa que vai explorar as faixas adquiridas. Os ISPs associados receberão dividendos dessa empresa. Caso utilizem as infraestrutura e espectro, pagarão por isso.
Fonte: Telesíntese