Objetivo é despertar conscientização e quebrar tabus em torno da doença que continua fazendo vítimas todos os anos
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) de 1988 e a Organização Mundial de Saúde (OMS), instituíram o dia primeiro de dezembro como uma data para conscientização e luta contra a Aids.
O objetivo principal da campanha é a desconstrução do preconceito sobre as pessoas que vivem com o vírus. Dados de Ministério de Saúde, divulgados hoje (1°/12) atestam que no Brasil existem 920 mil pessoas com o vírus HIV. A maioria dos casos entre pessoas de 25 a 39 homens, sendo 52,4% do sexo masculino e 48,4% em mulheres. O ministério comemora queda na taxa de mortalidade pela doença em 18,7% nos últimos cinco anos. Na avaliação do Ministério da Saúde, ações como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos por Aids.
A doença detectada nos anos 80 causa perda da imunidade do organismo impossibilitando o combate de infecções e favorece para que outras doenças se manifestem. No início de sua disseminação, a Aids, (síndrome da Imunodeficiência Adquirida) fez centenas de vítimas entre pessoas homossexuais , o que contribuiu para que fosse relacionada à homossexualidade. O Fenômeno redobrou o preconceito e discriminação contra a população LGBTQI+.
Nesta data, várias ações são realizadas no Brasil e no mundo no sentido de sensibilizar a população quanto a importância de se informar sobre as formas de prevenção, tratamento e os avanços dos métodos de combate. Ainda não existe cura para a doença. Os tratamentos utilizados no combate apenas retardam o progresso da enfermidade. Atualmente é possível ter o controle e conviver com a infecção.
Como tradicionalmente faz no Dia Mundial de Luta Contra a Aids o Ministério da Saúde (MS)lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids. Com o slogan:”HIV/Aids. Faça o teste. Se der positivo, inicie o tratamento”. A ação incentiva a busca pelo diagnóstico e reforça que a camisinha é a forma mais fácil e simples de prevenir o contágio pelo vírus. A campanha será veiculada durante todo o mês de dezembro na TV, rádio, e redes sociais. O teste de HIV é garantido pelo Sistema único de Saúde, (SUS).
Além de orientar sobre as formas de infecção por HIV, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids faz um alerta sobre as outras doenças sexualmente transmissíveis. Outros objetivos da campanha são divulgar os serviços públicos de testagem rápida, buscar pessoas para a realização dos testes, e procurar diminuir o preconceito que as pessoas soropositivas ainda enfrentam.
Em caso de testagem positiva a recomendação da (OMS) é o tratamento imediato. Antecipar os cuidados gera uma redução de 68% nas mortes, 27% de redução na infecção por novas doenças, 63% de redução na taxa de hospitalização e uma diminuição de 39% no número de pessoas que não recebem cuidados.
Formas de contágio:
Relação sexual
O vírus da Aids pode ser transmitido em toda e qualquer relação sexual – anal, oral e vaginal – com penetração e sem camisinha. O preservativo é necessário do começo ao fim do ato sexual.
Transfusão de sangue
O HIV pode ser transmitido por meio de transfusão de sangue contaminado. É importante exigir sangue com certificado de teste de Aids.
Materiais que perfuram ou cortam a pele
O compartilhamento de seringas, agulhas e outros materiais que perfuram ou cortam a pele é um comportamento de risco para infecção pelo HIV.
Gravidez e amamentação
A mulher infectada pelo HIV pode passar o vírus para o feto na gravidez, no parto ou durante a amamentação, se não fizer a prevenção da transmissão vertical – da mãe para o filho. Joana Darc Melo, da Fenajufe.
Fonte: Fenajufe