A covid-19 segue em trajetória de recuo no Brasil e no mundo, resultado creditado ao avanço da vacinação. Diante disso, o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom, projetou hoje (31) três cenários futuros para o fim da pandemia. O primeiro e mais provável deles leva em conta que o vírus deve seguir com mutações. Entretanto o alto grau de imunização que vem sendo alcançado pelas vacinas devem garantir bons níveis de segurança coletiva. “De acordo com o que sabemos até agora, o cenário mais provável é que o vírus da covid-19 continue evoluindo, mas a gravidade da doença que ele causa irá reduzir com o tempo enquanto a imunidade aumenta por conta da vacinação e das infecções”, disse Adhanom.
Desta forma, o vírus seguiria endêmico, provocando surtos pontuais com menor ou maior gravidade de acordo com a redução da imunidade. Doses de reforço das vacinas podem ser necessárias, ainda com periodicidade incerta. Assim como a gripe, a covid-19 pode se tornar uma doença sazonal, atrelada especialmente aos períodos mais frios.
Demais cenários
Em um segundo cenário traçado pela OMs para a covid, o melhor deles, as variantes futuras do vírus seriam “significaticamente menos graves”. Assim, a proteção das vacinas e do contágio seria potente e duradoura, o que afastaria maiores riscos, mesmo de surtos locais e sazonais.
Também existe o pior cenário. Nele, o vírus seria alterado de forma a ficar ainda mais transmissível e mortal. Neste caso, as vacinas seriam insuficientes para evitar a tragédia prolongada, e uma nova geração de vacinas seria necessária.
Agora, para que os países consigam deixar a fase de emergência pandêmica, a OMS pede para que os Estados aumentem a capacidade de vigilância e análise das mutações. Desta forma, a comunidade internacional teria ciência dos próximos passos da pandemia e, assim, seria possível construir uma rede de proteção de longo prazo.
Covid hoje no Brasil
A média diária de mortes por covid no Brasil, calculada em sete dias, está em 207. Apesar de ainda elevado, trata-se do melhor indicador desde o dia 18 de janeiro, ainda no início do crescimento do contágio pela variante ômicron. A melhora no cenário é constante desde o dia 11 de fevereiro. Hoje (31), foram 253 vítimas da infecção pulmonar causada pelo coronavírus. A tendência também se confirma em relação aos casos. Com 31.561 novos doentes, a média está em 25.745. Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram ao menos 659.757 pessoas no país, e 29.947.895 foram infectadas de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Fonte: RBA