O maior salto se deu em agosto: a procura mais que dobrou, de 827,5 mil em 2019 para 1,7 milhão de buscas neste ano. O mês também teve o maior número de candidatos buscando vagas em 2020.
Com o retorno gradual das atividades econômicas, trabalhadores estão voltando a procurar uma colocação no mercado, mostra levantamento do site Banco Nacional de Empregos (BNE).
Entre janeiro e maio, foi registrada queda na procura por emprego na comparação com 2019. No entanto, a partir de junho, houve aumento na busca por recolocação em relação ao ano anterior.
Mercado de trabalho reage, mas saldo continua negativo
O maior salto se deu em agosto: a procura mais que dobrou, de 827,5 mil em 2019 para 1,7 milhão de buscas neste ano. O mês também teve o maior número de candidatos buscando vagas em 2020
Comparando os quatro primeiros meses com os quatro seguintes de 2020, houve aumento de 70% na busca dos candidatos – de janeiro a abril foram 3,6 milhões de registros, ante 6,1 milhões de maio a agosto.
Buscas por vagas de emprego no site do Banco Nacional de Empregos (BNE) — Foto: Economia/G1
No saldo total de buscas por vagas no ano até setembro, a procura é menor em comparação com o ano anterior – queda de 15,7%.
Para Marcelo de Abreu, presidente do BNE, o segundo semestre será a corrida contra o tempo para a recuperação financeira dos efeitos causados pela pandemia da Covid-19.
“Estamos no segundo semestre do ano e nitidamente os dados apontam uma movimentação maior do mercado de trabalho. A tendência é que aumente o número de vagas e de empregados neste segundo semestre. As empresas estão voltando gradativamente ao seu funcionamento, bem como as pessoas já estão buscando mais para se ativar ao mercado após o isolamento social causado pela pandemia”, disse.
O BNE faz a intermediação entre o candidato e a empresa de forma gratuita e paga. Atualmente há 442 mil vagas de 144 mil empresas e 22,2 milhões de currículos cadastrados.
Ranking de salários
Setor de serviços se destaca na criação de novas vagas de empregos em agosto
A plataforma do site possui uma ferramenta que informa a média salarial de várias ocupações. Essas médias salariais são atualizadas semanalmente. A comparação é com o mesmo período do ano passado.
As áreas de tecnologia da informação e saúde figuram entre as que tiveram maior variação na remuneração. Já as funções relacionadas ao setor de serviços registraram as maiores quedas. Veja abaixo:
Veja o ranking das 10 variações salariais positivas:
- Técnico de bioquímico: 25,23%
- Gerente de TI: 15%
- Médico: 14,91%
- Engenheiro de software: 12,91%
- Farmacêutico: 11,79%
- Supervisor farmacêutico: 9,81%
- Arquiteto de software: 8,33%
- Desenvolvedor: 7,15%
- Enfermeiro: 7%
- Gerente de projetos: 6,79%
Ranking das 10 variações salariais negativas:
- Fotógrafo: -8,74%
- Panfleteiro: -6,14%
- Floricultor: -5,98%
- Babá: -4,95%
- Operador de xerox: -4,26%
- Comissário de voo: -4,06%
- Taxista: -3,76%
- Auxiliar de cinema: -2,61%
- Supervisor de loja: -2,11%
- Gerente de fast food: -1,47%
Fonte: G1