Brasil terá 13 milhões de novos assinantes de celular até 2025, diz GSMA

A GSMA, associação que reúne as operadoras móveis de todo o mundo, publicou hoje, 30, relatório inédito sobre o desempenho do setor celular na América Latina em 2020 – o primeiro ano da pandemia de Covid-19.

Os dados mostram que as redes móveis foram responsáveis por 7,1% do PIB gerado na região ao longo do ano, o que representa US$ 340 bilhões. A título de comparação, o Brasil teve PIB de US$ 1,44 trilhão ano passado.

O ecossistema móvel gerou 1,6 milhão de empregos na região, de forma direta e indireta. Em termos tributários, as operadoras recolheram US$ 29 bilhões em tributos.

Os números enormes tendem apenas a crescer com o tempo, diz a GSMA. Para 2025, espera-se o setor gere mais de US$ 370 bilhões. O número de assinantes deve terminar este ano de 2021 em 450 milhões. Mas será de 73% da população, ou 485 milhões de pessoas, em 2025. Metade dos novos clientes virão dos mercados brasileiro e mexicano.

A GSMA diz que a demanda por smartphones seguirá aquecida. Ao menos 100 milhões de celulares inteligentes serão vendidos nos próximos quatro anos, elevando a adoção atual de 74% para 80% da população. Isso vai ampliar a demanda pela internet móvel de qualidade e colocar muita gente na internet pela primeira vez.

O crescimento vai demandar ao menos US$ 73 bilhões em investimentos das operadoras locais daqui até 2025, diz a GSMA. O 4G deve receber boa parte do aporte e ainda dominar os acessos – representando 67% deles, ante os atuais 55%. Mas o 5G vai ganhar força e chegar a 12%, sem contar os link de internet das coisas. O número de conexões do tipo IoT apenas passará dos atuais 680 milhões na região para 1,2 bilhão em 2025.

Em termos de faturamento, as operadoras vão crescer de receitas anuais de US$ 61 bilhões em 2020 para US$ 67 bilhões em 2025, calcula a entidade.

Brasil

O relatório da GSMA também traz indicativos para o desenvolvimento de cada mercado latino americano. No caso do Brasil, aponta que as redes 2G e 3G vão desaparecer, dando lugar 4G e ao 5G. Atualmente, 80% dos acessos brasileiros são LTE (4G), enquanto 4% são 2G e 16% são 3G. Em 2025, o perfil tecnológico das redes será 79% 4G e 20% 5G.

A penetração da tecnologia móvel vai crescer, mais ainda ficará longe de se tornar universal. Conforme a GSMA, atualmente 71% da população usa o celular. Em 2025, 75% será cliente de alguma operadora, seja em plano pré ou pós-pago. Significa que 13 milhões de brasileiros sem telefonia móvel passarão a utilizar o serviço.

Em compensação, de quem tiver contrato, 88% terá smartphone, a maior média da América Latina.

Fonte: Telesíntese