Presidente da Câmara afirmou que, se o Ministério Público pedir abertura de novo processo contra o peemedebista, plenário da Casa ficará “concentrado” na análise da denúncia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou nesta terça-feira (12) que a eventual apresentação de uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer vai atrasar a votação da reforma da Previdência Social. O deputado do DEM afirmou que, se o peemedebista for denunciado, o plenário da Casa ficará “concentrado” na análise da denúncia.
Como o mandato de Rodrigo Janot no comando do Ministério Público se encerra no dia 17, esta é a última semana para o procurador-geral da República apresentar denúncias. Por se tratar do presidente da República, a eventual denúncia só pode ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) se houver autorização do plenário da Câmara.
“Não adianta a gente ficar tratando de reforma da Previdência hoje. Nós temos a reforma política, temos que esperar para ver se vem a segunda denúncia. Se existir a denúncia, a pauta do plenário vai ficar um pouco concentrada novamente na denúncia. Depois, a gente vai reunir os líderes para ver o que temos condição de votar”, ressaltou Maia.
Na última quinta (7), o presidente da Câmara havia dito que pretendia pedir ao governo federal ajuda para garantir o quórum necessário para votar a reforma da Previdência até a segunda semana de outubro.
Na ocasião, ele havia alterado o discurso, já que nas semanas anteriores ele vinha dizendo que não havia votos suficientes na Câmara para assegurar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda regras previdenciárias.
Governistas contavam na semana passada com o desgaste político sofrido pelo Ministério Público Federal por conta da descoberta do áudio no qual o empresário Joesley Batista dá indício de que omitiu informações dos investigadores da Lava Jato para retomar a discussão da reforma da Previdência.
Rodrigo Maia, nesta quinta, voltou a deixar de lado o o tom otimista em relação à votação da reforma da Previdência. Ele ponderou que não será possível tocar a PEC junto com a análise da eventual denúncia contra Temer.
Fonte: G1