A União Geral dos Trabalhadores (UGT), em ação unitária com as centrais Força Sindical, CTB, Nova Central e CSB, representando mais de 30 milhões de trabalhadores, e a FIESP, representando os empresários, estiveram na manhã desta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, juntamente com outras entidades, para entregar ao presidente Michel Temer propostas emergenciais para a retomada do emprego no País.
Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, a união entre empregados e empregadores para entregar ao governo federal um conjunto de propostas visando o desenvolvimento do Brasil é o indicativo de transformações. “A estrutura que estamos desenvolvendo com os atores sociais, empresários e trabalhadores, trazendo sugestões ao governo, com certeza absoluta é o indicativo de mudanças importantes”, disse.
Patah ressaltou que esta é o início de um processo de esperança, uma vez que para o líder ugetista existe no Brasil uma espécie de desesperança no ar. “Quando inicia-se procedimentos que não conseguem alavancar empregos e as pessoas infelizmente não têm pão para colocar na mesa, isso gera o prolongamento da desesperança, por isso essa unidade da entidades de trabalhadores e de empregadores, juntamente com a sensibilidade do governo de recepcionar nossas propostas efetivas de geração de emprego, de inclusão social e cidadania, é fundamental para que a esperança dos brasileiros volte”.
Ricardo comentou também que as propostas entregues ao presidente são muito pragmáticas e pontuais. Enfatizou o problema gerado com a paralisação de obras públicas, o que causou aumento do desemprego. “Essa questão das obras paralisadas é um absurdo, pois temos a necessidade da obra, necessidade do emprego e não se coloca a obra para funcionar, é preciso mudar isso”.
O presidente ugetista falou também sobre o crédito e a liberação de recursos, por parte do governo, para micro e pequenos empresários. “É fundamental que os recursos do governo sejam destinados para as grandes empresas, mas também para micro e pequenas empresas, pois elas geram milhares de empregos”.
Patah reforçou que essa união é a construção da capacidade de dar interatividades entre todas as atividades econômicas e todos os trabalhadores que estão nessas atividades.
O sindicalista lembrou de uma reivindicação feita ao presidente durante encontro na Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) em que foi questionada a renovação de frotas de veículos do próprio governo. “O que foi dito é que troca-se as frotas, mas isso não reflete no comércio, pois essa renovação é feita pela internet ou naqueles atacados e as empresas que vendem ficam com o prejuízo ou seja, ficam com a não venda”.
“O que está sendo construído aqui é essa capacidade de interatividade entre todos os setores, pois a industria é importante é sim, mas o comércio também é, assim como agricultura, entre outros. Nós temos que ter a capacidade efetiva de fazer um Brasil em que todos seja representados e que todos recebam a capacidade do governo da distribuição de renda, da geração de emprego e da cidadania”, concluiu.
Fonte: UGT