Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até meados de 2023 a nova modalidade do pagamento instantâneo será lançada.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta segunda-feira, 30, que o Pix com função de crédito deverá ser lançado pelo Banco Central (BC) em 2023, “quem sabe até o meio do ano”. A declaração foi dada a uma plateia de empresários na sede da Fiesp, em São Paulo e ocorre após reunião de Haddad com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.
— Em meados do ano, o Pix vai ser usado para créditos, isso está na agenda do BC, e vai ser lançado quem sabe até o meio do ano — disse Haddad.
Ao comentar a reunião com Campos Neto, que durou cerca de uma hora e meia, o ministro afirmou que foi instado pelo presidente do BC a destravar pautas que, segundo ele, estavam paradas por razões burocráticas no Executivo durante a gestão de Jair Bolsonaro.
— Recebi uma notícia dele hoje que várias iniciativas ficaram pelo caminho por questões formais. Às vezes um técnico deu um parecer desfavorável na forma. (…) Ele estava cobrando diligência. Me comprometi [ com Roberto Campos] que em 15 dias vamos ter todas essas medidas na mão e encaminharemos ao Congresso depois de uma avaliação interna do Ministério da Fazenda. São medidas que vão melhorar o ambiente de negócios do Brasil — afirmou Haddad.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, ficou encarregado de levantar “tudo o que ficou engavetado” para que, até março, tudo esteja encaminhado à Casa Civil e ao Congresso Nacional.
— Vamos abraçar a agenda de crédito. Houve avanços que precisam ser mencionados no sentido de aumentar a concorrência bancária, isso tem surtido efeito — afirmou Haddad, sem detalhar de que medidas fazia referência.
Segundo o Banco Central, o volume financeiro de transações via Pix atingiu R$ 10,9 trilhões em 2022. Este valor responde por quase o dobro do registrado em 2021, de R$ 5,2 trilhões. Essas transferências ainda não preveem a função do Pix crédito.
Fonte: Telesíntese