Oi diz que vai realizar o grupamento caso, ao fim da venda de ativos, as ações não retomem preço acima de R$ 1.
A Oi respondeu nesta quinta-feira, 3, a um ofício da B3 em relação ao baixo valor das ações ordinárias da companhia, afirmando que avalia um grupamento dos papeis. Pelas regras da bolsa brasileira, nenhuma empresa pode ser negociada por preço unitário do papel menor que R$ 1 por mais de três meses. Foi o caso da Oi, cujas ações ficaram abaixo desse piso entre 10 de novembro e 26 de janeiro.
Isso disparou o gatilho para o alerta da B3, onde as ações são comercializadas. A bolsa cobrou um plano para valorização dos papeis até a realização da próxima assembleia geral de acionistas ou até 19 de julho deste ano, “o que ocorrer primeiro”.
Pede a B3 que a Oi divulgue até lá os procedimentos e cronograma que serão adotados para enquadrar a cotação de suas ações em valor igual ou superior a R$1,00.
Em resposta ao ofício, que foi enviado também à Comissão de Valores Mobiliários, a Oi informou que estuda realizar um grupamento de ações, caso as cotações permaneçam abaixo do piso. Nos últimos seis dias, vales ressaltar, as ações OIBR3 foram negociadas acima de R$ 1, valorizadas em função da expectativa positiva em relação à venda da Oi Móvel.
A transação, que vai reforçar o caixa da operadora em R$ 16,5 bilhões, passou pelo crivo da Anatel, e depende agora de análise final do Cade, que votará o tema no dia 9 de fevereiro.
“A Companhia informa que se encontra em fase final de implementação de algumas etapas fundamentais do seu plano estratégico de transformação, já amplamente divulgado ao mercado, e que, caso a cotação de suas ações não se enquadre de forma consistente em um patamar acima de R$1,00 com a evolução da implementação das referidas etapas, pretende propor ao Conselho de Administração da Companhia que, por ocasião da realização da Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em abril de 2022, seja incluído item na ordem do dia para tratar do grupamento de suas ações, na forma da regulamentação aplicável”, resume a Oi, na resposta ao ofício da B3.
Fonte: Telesíntese