Parte da operadora de satélites Hispamar é vendida pela Oi

Prevista no plano estratégico de recuperação da operadora, a transação ainda precisa passar pela aprovação da Anatel e do Cade.

esde que declarou estar em recuperação judicial, a Oi tem vendido seus patrimônios, sendo que o principal de todos é a venda da sua unidade móvel para as operadoras TIM, Vivo e Claro. Dessa vez, a operadora vendeu toda a fatia que ainda detinha na operadora de satélite Hispamar para a sócia Hispasat. O valor da transação não foi revelado.

Hispamar Satélites situado no Centro Administrativo, no Rio de Janeiro

Rodrigo Abreu, presidente da Oi, afirma que a venda é um avanço no plano estratégico da operadora na sua recuperação. “Trata-se de um ativo que estava previsto para alienação no aditamento ao Plano de Recuperação Judicial aprovado em 2020. É mais uma etapa que estamos cumprindo no processo de soerguimento e transformação da companhia”.

Na transação, haverá a transferência de 19,04% do capital social para a compradora que passará a ser a única dona dos satélites. O negócio ainda será analisado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que precisam aprovar o acordo para ser concluído.

A Hispasat afirma que a compra do restante da Hispamar é uma demonstração da importância que a companhia tem para o mercado do Brasil, sendo considerado internamente como o mais importante em termos estratégicos desde 2001, quando a companhia de satélites foi criada.

 

Hispamar é resultado da aquisição do direito de exploração da posição orbital 61º leste, que desde então tem se tornado uma peça fundamental na atividade da empresa espanhola, de onde saem 60% da sua receita. A empresa é dona de três satélites, Amazonas 2, 3 e 5, que são usados na distribuição de conteúdo audiovisual em banda C ou para soluções de televisão DTH (“Direct to home”, direto para casa, em inglês) em banda Ku.

A transação vem a acontecer em um momento em que a empresa pretende lançar um novo satélite, o Amazonas Nexus, que pode ser colocado em órbita no final de 2022. O dispositivo será utilizado para a oferta de banda larga na rural, rodovias, aviação e embarcações nos corredores Norte e Sul do Atlântico e na Groenlândia.

“O país apresenta um enorme potencial para o desenvolvimento de soluções de comunicações por satélite e estamos dispostos a colaborar com os setores público e privado em projetos que proporcionem mais valor para a sociedade brasileira”, afirma Clovis José Baptista Neto, presidente da Hispamar.

Fonte: Minha Operadora