Para Sarcinelli, diretor de tecnologia da Claro, migração da tecnologia HFC para o FTTH será um processo “natural”
Uma das grandes compradoras de espectro nas faixas de 2,3 MHz e 3,5 GHz no mais recente leilão da Anatel, a Claro diz não ver razões para trocar clientes que atualmente utilizam acessos em cabo coaxial híbrido (HFC) por banda larga fixa via 5G, conhecida pela sigla FWA.
Segundo o diretor de tecnologia do grupo no Brasil, o FWA também não oferece a simetria entre download e upload, como a que é possível na fibra óptica. Atualmente, a Claro utilizada na maior parte de seus clientes conexões HFC, tecnologia também assimétrica, mas capaz de entregar altas taxas de download e que a Claro já domina.
Aos poucos, lembrou, os acessos HFC está sendo substituídos por fibra óptica até a casa do cliente, e novos acessos já usam a fibra de ponta a ponta. “O que estamos fazendo é que, onde há demanda por velocidade, estamos invertendo: em vez de fazer com HFC, faz o drop da fibra que já está no prédio. Vai ser uma coisa natural, orgânica, e o cliente vai receber o que precisa de fato”, declarou durante evento realizado pelo site Teletime nesta segunda-feira, 22.
“Na Claro vemos que não há necessidade de simetria, porque os serviços são assimétricos”, ressaltou ao lembrar que mesmo no 5G, com o acesso fixo-móvel (FWA), as velocidades também são diferentes entre si. “É basicamente a mesma coisa de um HFC, com 1 Gbps de downstream e 50 Mbps de upstream”, disse.
Sarcinelli aponta que a maior parcela do consumidor precisa de muito mais velocidade no download do que no upload. E diz que as velocidades de 1 Gbps estão muito além da necessidade da maioria das residências.
O executivo citou um levantamento realizado com “vários tipos de família” e que mostrou os padrões de consumo demandando maiores taxas de download. A exceção está nos serviços de educação a distância, ou “lives” e shows. “É impressionante como não tem família que precise de mais do que 15 Mbps.”
Também participaram do debate, Hugo Ramos,, CTO da Commscope, Silmar Palmeira, diretor sênior de produtos da Qualcomm e Julio Sgarbi, gerente de soluções integradas da Huawei.
Fonte: Telesíntese