A empresa defende que com o tráfego crescendo 100 vezes nos próximos anos a eficiência energética por bit precisará melhorar a uma taxa semelhante
Esta semana a Huawei partiu em peso em defesa de redes 5G “verdes” com menor consumo de energia do que as atuais a fim de colaborar para um futuro mais sustentável. Esse foi o recado dado por Ryan Ding, presidente do Carrier Business Group, durante sua apresentação no Global Mobile Broadband Forum (MBBF), por Jiang Xudong, presidente de Domínio Single RAN do Departamento de Soluções Wireless em mesa-redonda realizada hoje, com a apresentação do documento 5G Green, elaborado pela empresa, e, por fim, com o lançamento do Green site, solução com sistema de refrigeração ao ar livre que promete reduzir 50% o consumo de energia em comparação aos sites tradicionais.
Em seu estudo, a Huawei lembra que há 176 redes 5G comerciais no mundo com mais de 460 milhões de assinantes, um ritmo muito mais veloz do que na implantação do 4G. A velocidade média de download nessa plataforma é cerca de 10 vezes maior do que o 4G o que tem impulsionado a adoção de aplicativos mais pesados, como o uso de VR e transmissão 360 graus. Na área corporativa, existem mais de 10 mil projetos de aplicações B2B, muitos dos quais na China.
Também é lembrado no documento que a UIT estabeleceu como meta para a indústria de telecom na redução de 45% na emissão de carbono até 2030 e vários operadores estão trabalhando em cima dessa questão. Por essa ocasião, as estimativas são de que o tráfego mensal por usuário serão de 600 GB. Isso significaria um aumento de 10 vezes no consumo da energia se as redes permanecerem inalteradas.
Como medidas práticas, a Huawei está sugerindo um trabalho conjunto de toda a indústria tendo como base inovações em pontos como fornecimento, distribuição, uso e gerenciamento de energia e construção de redes 5G mais verdes com desempenho superior e menor consumo. A empresa defende que com o tráfego crescendo 100 vezes nos próximos anos a eficiência energética por bit precisará melhorar a uma taxa semelhante e deve ser considerada em todos os aspectos do projeto de rede, incluindo interfaces de rádio, dispositivos e sites. Isso permitirá a construção dessas redes ecológicas e sustentáveis de ciclo de vida e link completos.
Fonte: Telesíntese