Presidente da Oi, Rodrigo Abreu prevê que leilão, homologação judicial e processo de análise regulatória vão ocupar o segundo semestre deste ano. E diz confiar no aval de Anatel, por entender que a venda preserva a estratégia de migração da concessão para autorização.
O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, afirmou que a conclusão da venda do controle da Infraco pode acontecer somente no primeiro trimestre de 2022. Ele participou nesta manhã de conferência extraordinária com analistas financeiros para detalhar a proposta feita por fundos de private equity geridos pelo banco BTG e pela Globenet.
Abreu observou que a estimativa é conservadora, e prevê a eventual prorrogação dos prazos judiciais de avaliação e recursos em relação à venda. A aposta é que ainda no quarto trimestre do ano a transação esteja terminada.
A venda da Infraco por R$ 12,9 bilhões foi confirmada ontem, 12. A partir de então, começa a correr o prazo de 30 dias para finalização da papelada. Em 11 de maio, os proponentes vão apresentar a oferta para a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde corre o processo de recuperação da Oi.
O tribunal deve convocar o leilão judicial em 30 dias depois do recebimento da oferta. Ou seja, a previsão é que o leilão aconteça em junho. Além do BTG, havia interesse do fundo norte-americano Digital Colony em adquirir a Infraco. Se houver disputa no dia, o BTG poderá melhorar sua proposta a fim de garantir a aquisição.
Já a avaliação da venda por Anatel e Cade acontecerá ao longo do segundo semestre. Para Abreu, os reguladores terão tempo suficiente para a análise. Ele confia na aprovação. Afirmou que a separação estrutural entre Infraco e concessão foi pensada para minimizar problemas regulatórios relacionados aos compromissos relativos ao serviço de telefonia fixa (STFC).
“Está preservada a estratégia da Oi de migrar a operação do STFC em concessão para o modelo de autorização, e a separação estrutural não interfere em nenhum requisito para essa migração”, disse o executivo.
Fonte: Telesíntese