O Brasil superou dois tristes recordes nesta terça-feira (2): o de mortes por Covid-19 em 24 horas — foram 1.726, o que corresponde a uma vida perdida para a doença a cada 50 segundos — e o da média móvel diária de óbitos, que ficou em 1.274. Segundo o boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa formado por EXTRA, O Globo, G1, Folha de S. Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde, a pandemia já matou 257.562 pessoas no país.
Esta terça-feira foi o quarto dia seguido em que a média móvel de mortes bateu recorde. A taxa de 1.274 é 23% maior do que a registrada 14 dias antes, o que indica tendência de alta, já que a variação passa dos 15%. Este índice está acima dos mil desde 21 de janeiro.
O total de casos no país subiu para 10.647.845. Em 24h, foram confirmadas 58.237 novas infecções. A média móvel diária de diagnósticos positivos ficou em 55.318, aumento de 22% em relação à taxa de duas semanas atrás.
A Fiocruz publicou nesta terça-feira um boletim especial alertando que, pela primeira vez, o país inteiro apresenta piora de indicadores da Covid-19. Entre os aspectos analisados estão o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG), a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais. Até então, a doença se apresentava em estágios diferentes nos estados.
Segundo o boletim, o cenário alarmante representa apenas “a ponta do iceberg de um patamar de intensa transmissão no país”. Das 27 unidades da federação, 19 apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%.
O monitoramento semanal do Imperial College, de Londres, apontou nesta terça-feira que a taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus no Brasil subiu para 1,13. Isso significa que cada 100 pessoas infectadas no país transmitem o vírus para outras 113. O índice divulgado no dia 23 de fevereiro havia sido de 1,02. Segundo especialistas, qualquer resultado acima de 1 indica que o contágio está fora de controle.
Fonte: Extra