Os bancos credores seguem em conflito com a Oi (OIBR3 / OIBR4) e o aditamento de sua recuperação judicial, aprovado nas últimas semanas.
Quem age agora é o Itaú, que apelou para a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro com um pedido de suspensão da última Assembleia Geral dos Credores e da aprovação do novo plano.
Segundo a instituição, “ilegalidades, arbitrariedades e abusividades” impedem a homologação do resultado obtido no evento.
Para quem ainda não se situou até aqui, é pelo aditamento da recuperação judicial que a Oi dará continuidade ao plano estratégico para recuperar o caixa da companhia e evitar uma falência.
A Oi será fatiada em cinco partes e quatro delas serão vendidas na totalidade (Torres, datacenter, TV por assinatura e telefonia móvel). A última, InfraCo, vai concentrar a infraestrutura de rede e terá apenas 51% do controle acionário vendido.
Esse é o plano para a Oi arrecadar mais de R$ 20 bilhões, pagar seus credores e financiar a continuidade da operação, com foco na fibra óptica.
O principal conflito dos bancos com a operadora é o desconto de 55% no valor de face das dívidas. As instituições não são favoráveis a um desconto nessa magnitude.
Os bondholders, que tiveram seus créditos convertidos em ações, também são alvos das reinvindicações dos bancos, pois consideram um tratamento desigual, já que eles puderam até mesmo votar.
Em nota, a Oi destacou que as discussões acerca do quórum de votação já estavam previstas no plano original da recuperação judicial.
Sobre o desconto, a empresa carioca afirma que consultou laudos econômicos de renomadas consultorias para comprovar o percentual, que reflete apenas o valor presente líquido da opção escolhida pelo Itaú no plano de 2017.
Já o tratamento dado aos credores foi isonômico.
Fonte: Minha Operadora