Com o desligamento das centrais do STFC, a empresa espera reduzir os custos de manutenção e evitar roubos e furtos de cabos. Por causa da demanda e para cortar gastos com concessão de telefonia fixa, a Oi fechou 1,3 mil centrais de comunicação em todo o país, cujas centrais são responsáveis pela realização de ligações na rede de cobre e as direcionam. Segundo a empresa, a demanda está baixa e há centrais com poucos usuários, não sendo vantajoso manter essas estruturas.
No entanto, o CSO da operadora, Rogério Takayanagi, o desligamento foi calculado e ele garante que os clientes atendidos por estas centrais não vão ficar sem o serviço, pois é substituiu o telefone fixo por um aparelho move, tarifado como fixo, ou por dispositivo que realizadas chamadas via fibra óptica.
“Somos livres para migrar para soluções sem fio em qualquer lugar. Mas estamos priorizando clientes que ficam em centrais deficitárias. Neste trimestre, fechamos mais de 1 mil centrais”, disse o executivo.
De acordo com o portal Tele.Síntese, que questionou sobre o assunto a empresa, informaram que a operadora enfrenta uma redução de acesso no STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) por causa da entrada de novas tecnologias de voz e dados no mercado. Além disso, o desligamento das centrais e o uso de outras tecnologia ajuda para que sejam evitadas crimes, como furtos. E completa que a troca de tecnologia é autorizada pelos contratos de concessão.
“A companhia tem registrado elevado índice de roubos e furtos em sua rede de cobre, o que dificulta a manutenção da prestação do serviço. Em função desse cenário, a Oi vem trabalhando na implantação de tecnologias alternativas, conforme previsto no contrato de concessão. É o caso da tecnologia WLL (Wireless Local Loop), que tem sido usada pela companhia para a prestação do serviço aos clientes, principalmente em áreas onde são registrados altos índices de roubos e furtos da rede de cobre”, explica.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também foi procurada para falar sobre o caso, e informou que não é necessário autorização para que a empresa faça troca de tecnologia, desde que o serviço contratado pelo cliente seja mantido.
A Oi afirma que está revendo a distribuição das Unidades Remotas de Acesso, que são hospedadas nessas centrais, causando prejuízo ao serviço de telefonia fixa.
“A companhia também está promovendo a consolidação de estações e URAs (Unidades Remotas de Acesso), pequenas ‘estações’ no mobiliário urbano das cidades, concentrando os ativos de rede de forma otimizada. Isso tem impacto no consumo de energia elétrica, manutenção de equipamentos (inclusive ar condicionado), segurança, limpeza e outros. Estas adequações visam racionalizar os custos na prestação dos serviços de telefonia fixa aos nossos clientes”, completa a empresa.
Em relação à concessão da telefonia fixa, essa ainda é uma preocupação que ameaça a sustentabilidade da Oi, que está se desfazendo do que é possível e incentivando os clientes a migrarem para outras tecnologias. Com isso, a empresa tem o intuito de amenizar o fato de que ela, como concessionária, deve atender ao compromisso de universalização, cobrindo áreas com receita negativa.
Além disso, ainda está tentando negociar com a Anatel uma maneira de equacionar os custos da concessão, diminuir as obrigações e simplificar os contratos. Com menor complexidade, diz a companhia, aumentam as chances de pedir a adaptação da outorga para o regime privado.
Fonte: Minha Operadora