Ao todo, 19 imóveis da operadora em dez estados foram colocados à venda.
A 7ª Vara Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro autorizou a operadora Oi (OIBR3/OIBR4) a vender 19 imóveis que receberam propostas de potenciais compradores.
Os imóveis estão localizados nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Goiás, Ceará e Minas Gerais.
Ao todo, a operadora terá uma receita de R$ 48,5 milhões com as vendas.
Cada investidor ficará responsável por assumir as possíveis dívidas de cada um dos imóveis.
Já a Oi fica obrigada a usar 30% do montante levantado nessas vendas para pagar dívidas surgidas após a operadora entrar em recuperação judicial.
Para receber a autorização da Justiça a Oi apresentou laudos dos imóveis à venda com a análise de diferentes peritos, no qual ambos chegaram às mesmas conclusões.
O juiz Fernando Cesar Ferreira Viana apontou que as propostas recebidas estão de acordo com os documentos que avaliaram o preço mercadológico dos imóveis.
Viana lembrou que, após consultar o administrador judicial e o Ministério Público, o juízo já havia permitido a operadora a vender de ativos imobiliários em outras ocasiões.
“A partir dessa conclusão, é inegável que a ‘venda direta’ requerida pelas devedoras, se mostra bastante vantajosa, visto a necessidade de se observar regras e prazos processuais, o que atrasaria a entrada dos ativos no fluxo de caixa das recuperandas, além dos altos gastos necessários à sua realização, ao contrário da escritura de compra e venda, cujo ônus recai sobre o adquirente”, disse o juiz na decisão.
A venda de imóveis faz parte do novo aditamento ao plano de recuperação judicial da operadora.
Além de imóveis, a operadora também pretende segregar as operações da empresa para posterior venda, com o objetivo de levantar dinheiro para quitar dívidas e investir no novo plano estratégico da companhia.
A Oi já concluiu a alienação de torres e data centers.
A venda da Oi Móvel para o consórcio formado pela Claro, Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3) aguarda análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Nos próximos meses, a operação de TV por assinatura via satélite e o controle majoritário da InfraCo, a nova empresa de fibra neutra da Oi, também serão alvos de leilão.
Fonte: Minha Operadora